Nos últimos tempos, temos visto várias mutações incomuns (ou nem tanto) em nosso planeta. <a href="https://olhardigital.com.br/2024/02/12/ciencia-e-espaco/placa-tectonica-do-pacifico-comeca-a-rachar-entenda/" rel="noreferrer noopener">Placas tectônicas rachando</a>, <a href="https://olhardigital.com.br/2024/02/11/ciencia-e-espaco/el-nino-se-despede-mas-seus-efeitos-persistem-no-brasil/" rel="noreferrer noopener">El Niño mais forte</a>, <a href="https://olhardigital.com.br/2024/02/13/ciencia-e-espaco/como-uma-pequena-vila-do-chile-impediu-o-avanco-dos-incendios-florestais/" rel="noreferrer noopener">mais incêndios florestais</a> e por aí vai.Agora, o <a href="https://olhardigital.com.br/2024/02/14/ciencia-e-espaco/colapso-de-corrente-oceanica-do-atlantico-pode-acontecer-antes-do-previsto/" rel="noreferrer noopener">Oceano Atlântico</a> pode estar mudando de uma fase de crescimento para uma fase de contração. Os geólogos acreditam que isso está sendo causado pela quebra das placas tectônicas, causando linhas vulcânicas ao longo das linhas costeiras de <a href="https://olhardigital.com.br/2023/10/25/ciencia-e-espaco/misterio-por-tras-de-mortes-de-elefantes-na-africa-e-revelado/" rel="noreferrer noopener">África</a> e Ibéria.Leia mais:<ul><li><a href="https://olhardigital.com.br/2024/02/11/dicas-e-tutoriais/7-configuracoes-de-privacidade-do-google-para-mudar-agora-mesmo/" rel="noreferrer noopener">7 configurações de privacidade do Google para mudar agora mesmo!</a></li><li><a href="https://olhardigital.com.br/2023/10/22/tira-duvidas/audible-esta-caro-veja-5-apps-alternativos-e-baratos-para-ouvir-audiobooks/" rel="noreferrer noopener">Audible está caro? Veja 5 apps alternativos e baratos de audiobooks</a></li><li><a href="https://olhardigital.com.br/2024/02/19/ciencia-e-espaco/jovem-cria-solucao-inovadora-para-combater-microplasticos-nos-oceanos/" rel="noreferrer noopener">Jovem cria solução inovadora para combater microplásticos nos oceanos</a></li></ul>Com o passar de bilhões de anos, os continentes se aproximaram e se separaram diversas vezes. E não há dúvidas que isso vai acontecer de novo. O que é incerto, porém, é quando e se muitos continentes se recolherão ao Polo Norte ou ao equador.Conforme o <a href="https://www.iflscience.com/the-atlantic-ocean-could-be-developing-its-own-ring-of-fire-73025" target="_blank" rel="noreferrer noopener">IFL Science</a>, o Dr. João Duarte, da Universidade de Lisboa (Portugal), lidera a equipe que acredita poder prever ambos (ao menos se for oferecido algumas centenas de milhões de anos de flexibilidade quanto à última questão);<h2 id="h-oceano-atlantico">Oceano Atlântico</h2><ul id="block-ff55c06d-99dd-4021-88e4-ec328205d4a3"><li>As origens do Atlântico datam de cerca de 180 milhões de anos, quando uma fenda dividiu a Pangeia (continente que unia toda a camada de terra do planeta), as Américas foram para o oeste e, a Ásia, para o leste;</li><li>Durante o caminho, zonas de subducção formaram-se acerca da margem do Pacífico conforme cada continente forçou as bordas das placas oceânicas até o manto;</li><li>Isso aconteceu de forma difícil, sendo que essas zonas deram origem ao Anel de Fogo do Pacífico, local que reúne a maioria dos vulcões mais ativos e dos maiores terremotos.</li></ul>Caso o processo se reverta e o Atlântico comece a se fechar, novas zonas de subducção podem se formar ao longo das linhas costeiras opostas.“A envelhecida litosfera oceânica é espessa e forte, tornando-a resistente à quebra e à flexão”, escrevem Duarte e os co-autores em novo artigo.Ao IFL Science, o especialista disse que “a única força que pode iniciar uma zona de subducção é outra zona de subducção [se você excluir impactos de meteoritos e plumas do super manto]”.Duarte e seus colegas argumentaram que a semente para futuras áreas de subducção fica no Mediterrâneo Ocidental, onde uma zona antiga deixou África e Europa próximos.Caso o modelo dessa pesquisa esteja correto, a gigantesca área de subducção inativa abaixo do Estreito de Gibraltar invadirá o Atlântico. Isso vai dar início ao processo de puxar a placa oceânica do Atlântico abaixo de África e Europa, levando o fechamento do oceano.“A invasão de subducção é inerentemente um processo tridimensional que requer ferramentas de modelagem avançadas e supercomputadores que não estavam disponíveis há alguns anos. Agora, podemos simular a formação do Arco de Gibraltar com grande detalhe e, também, como ele pode evoluir no futuro profundo”, disse Duarte, em comunicado.A zona de subducção de Gibraltar já foi muito ativa, com a África indo para o norte, mas desapareceu nos últimos milhões de anos, levando a modelos do futuro tectônico a ignorá-la.<figure class="wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-block-embed-youtube wp-embed-aspect-4-3 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Gibraltar subduction zone is invading the Atlantic (top view)" width="500" height="375" src="https://www.youtube.com/embed/2I13hHelq5c?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>Porém, Duarte conclui que você não pode manter uma boa zona de subducção embaixo para sempre, prevendo ainda que a zona reviverá em cerca de 20 milhões de anos.<h2>Anel de Fogo do Atlântico</h2>Um lado do oceano não pode formar um anel. O Atlântico pode, inclusive, ter poucas chances de se fechar se essa for a única futura zona de subducção. Contudo, as coisas podem mudar no Atlântico Ocidental ainda mais cedo.<blockquote class="wp-block-quote">Existem duas outras zonas de subducção do outro lado do Atlântico: as Pequenas Antilhas no Caribe e o Arco da Escócia, perto da Antártida. No entanto, estas zonas de subducção invadiram o Atlântico há vários milhões de anos. Estudar Gibraltar é oportunidade inestimável porque permite observar o processo nas fases iniciais, quando ainda está acontecendo.<cite>Dr. João Duarte, da Universidade de Lisboa (Portugal), em comunicado</cite></blockquote>“As subducções formaram-se [no Atlântico Ocidental] há cerca de 50 milhões de anos e têm-se movido lentamente. Para que possam vencer a abertura do Atlântico, terão de se espalhar e, eventualmente, forçar a subducção da dorsal Meso-Atlântica. Isso pode levar mais de 20 milhões de anos”, afirmou Duarte ao IFL Science.<h2>Fecha um, abre outro</h2>Pode-se assumir, desta forma, que o Atlântico estar fechando significa que o Oceano Pacífico vai abrir ainda mais. Porém, “tudo leva a crer que o Pacífico vai fechar…”, destacou Duarte ao IFL Science.<blockquote class="wp-block-quote">Isto foi algo que me incomodou durante algum tempo… A solução é que outro oceano tem que se abrir, e esse pode muito bem ser o Índico, ou mesmo um oceano que pode dividir a África e a Eurásia.<cite>Dr. João Duarte, da Universidade de Lisboa (Portugal), ao IFL Science</cite></blockquote>O doutor entende que a abertura da Fenda da África Oriental, que irá criar novo pequeno continente, pode ser o início disto, justamente com as fissuras na Ásia.O estudo foi publicado na <a href="https://pubs.geoscienceworld.org/gsa/geology/article-abstract/doi/10.1130/G51654.1/634682/Gibraltar-subduction-zone-is-invading-the-Atlantic" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Geology</a>.O post <a rel="nofollow" href="https://olhardigital.com.br/2024/02/20/ciencia-e-espaco/preocupante-anel-de-fogo-pode-estar-sendo-formado-no-oceano-atlantico/">Preocupante? &#8220;Anel de Fogo&#8221; pode estar sendo formado no Oceano Atlântico</a> apareceu primeiro em <a rel="nofollow" href="https://olhardigital.com.br">Olhar Digital</a>.