<p>A <strong>Organização Meteorológica Mundial</strong> (WMO, na sigla em inglês) anunciou um novo recorde mundial para o <strong>maior raio já registrado</strong>, uma descarga elétrica surpreendente de <strong>829 quilômetros</strong>. Este evento ocorreu em outubro de 2017, abrangendo uma vasta área desde o leste do <strong>Texas até as proximidades de Kansas City</strong>, nos Estados Unidos. Para dar uma ideia da distância, é o equivalente a um raio que se estendesse de Paris a Veneza, na Europa, ou de Curitiba à cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.</p>
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<p>Este novo <strong>recorde</strong> supera a marca anterior de <strong>768 quilômetros</strong>, que havia sido estabelecida em 29 de abril de 2020, também sobre partes do sul dos <strong>Estados Unidos</strong>. A descoberta do novo recorde só foi possível graças aos avanços na <strong>tecnologia de satélite</strong>, que permitiram uma melhor monitorização e reanálise de dados.</p>
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<p>Instrumentos como os Mapeadores Geoestacionários de Raios (GLMs) nos Satélites Ambientais Operacionais Geoestacionários (GOES-16, 17, 18 e 19) da NOAA foram cruciais para identificar estes &#8220;megaflashes&#8221; — eventos de descarga de raios de duração e distância extremamente longas. Anteriormente, as avaliações dependiam de redes terrestres, que tinham limitações para observar raios de tamanha escala.</p>
<p><div class="embed-movie"><iframe title="WMO certifies megaflash lightning record - July 2025 - English" width="500" height="281" src="https://www.youtube.com/embed/XBuDYWwuu80?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></div>
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<p>O raio recordista ocorreu durante um complexo de tempestades mesoescala convectivas (MCS), um tipo de tempestade cujas dinâmicas favorecem a ocorrência de megaflashes extraordinários, comum nas Grandes Planícies da América do Norte. Estes megaflashes geram preocupações importantes de segurança pública, pois as nuvens eletrificadas podem produzir raios que percorrem distâncias extremamente longas, com grande impacto no setor da aviação e potencial para iniciar incêndios florestais.</p>
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<h3>Poder do ambiente natural</h3>
<p>O Comitê de Extremos Climáticos da WMO, responsável por manter os registros oficiais globais, hemisféricos e regionais, certificou o novo recorde. Randall Cerveny, relator de Extremos Climáticos da WMO, comentou que este recorde &#8220;demonstra claramente o incrível poder do ambiente natural&#8221; e o &#8220;significativo progresso científico na observação, documentação e avaliação de tais eventos&#8221;.</p>
<p>É importante lembrar que locais seguros durante uma tempestade incluem edifícios substanciais com fiação e encanamento, ou veículos totalmente fechados com teto de metal. A WMO, uma agência especializada das Nações Unidas, monitoriza o tempo, o clima e os recursos hídricos, e apoia os seus Membros na previsão e mitigação de desastres, avançando o conhecimento científico e melhorando a segurança pública.</p>

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Maior raio já registrado percorreu o equivalente à distância entre Curitiba e Rio de Janeiro