<p><span>Há dois meses sua adversária pedia que passasse desodorante porque “cheirava mal”; hoje, 4 de junho, se tornou </span><b>semifinalista de Roland Garros</b><span>. A francesa </span><b>Lois Boisson</b><span>, número 361 no ranking, superou Mirra Andreeva nas quartas de final do Grand Slam por 2 a 0, com parciais de 7</span><sup><span>8</span></sup><span>/6</span><sup><span>6</span></sup><span> e 6/3 em uma Philippe Chatrier fervorosa à seu favor. O feito da atleta de 22 anos é ainda maior por ter eliminado outras duas cabeças de chave em sua campanha de estreia no torneio. E sim, ela também venceu a britânica Harriet Dart que reclamou de seu odor.</span></p>
<p><b>Lois Boisson</b><span> joga desde 2018 em competições da ITF (Federação Internacional de Tênis), mas chegou neste ano em seu primeiro Grand Slam. Em abril, a tenista ganhou as </span><a href="https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/tenista-se-desculpa-por-criticar-rival-francesa-fede-muito/"><span>manchetes por sua adversária pedir que passasse desodorante no meio de uma partida</span></a><span>. Boisson não apenas ganhou o jogo, como ironizou a situação nas redes sociais e parece ter ganhado ainda mais força depois do ocorrido.</span></p>
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<p><span>A atleta chegou a sua </span><b>melhor colocação no ranking, 152ª posição</b><span>, em 2024, em uma ascensão antes das Olimpíadas em Paris, com 23 vitórias em 24 partidas. Em maio do último ano, venceu o WTA 125 de Saint-Malo e se preparava para competir o Grand Slam em sua casa, quando uma </span><b>lesão interrompeu a sua sequência</b><span>. A </span><b>ruptura do ligamento</b><span> cruzado anterior no joelho esquerdo a tirou das competições pelo resto da temporada.</span></p>
<p><span>Em janeiro deste ano, voltou a competir e no Aberto 250 de Rouen, em abril, passou pelo constrangimento com a britânica Harriet Dart. O incidente não abalou Boisson, que no mesmo mês venceu no saibro o WTT W75 na Eslovênia, logo antes de Roland Garros.</span></p>
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<p><span>Por ser de casa, a tenista </span><b>recebeu um convite da organização do Grand Slam</b><span> da terra batida para competir na chave principal. Como quem não desperdiça boas chances, Lois Boisson tem uma campanha digna de </span><b>Cinderela </b><span>em Paris. Na primeira rodada, </span><b>venceu a cabeça de chave número 24</b><span>, a belga Elise Mertens. Nas oitavas, aplicou a maior “</span><b>zebra</b><span>” da competição até então, ao vencer a terceira colocada no ranking Jessica Pegula. A russa Andreeva, atual número 6, também não foi párea a francesa que pisou pela primeira vez na Philippe Chatrier e saiu com a vitória.</span></p>
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<p><span>Os franceses não viam uma tenista ir tão longe em Roland Garros desde 2011, quando Marion Bartoli foi às semifinais. Boisson também é a terceira jogadora da Era Aberta a alcançar uma semifinal em sua primeira participação em Slams, se igualando às americanas vencedoras de Grand Slams, Monica Seles e Jennifer Capriati.</span></p>
<p><span>Com a classificação para as semifinais, a atleta de 22 anos chega a 65º lugar no ranking ao vivo da WTA e pode subir ainda mais se vencer a disputa por uma vaga na final, e ficar entre as 40 primeiras colocadas. A </span><b>adversária da próxima fase</b><span> é a número 2 do ranking, a americana </span><b>Coco Gauff</b>, em encontro marcado para esta quinta, 5, na Philipe-Chatrier, ainda sem horário definido<span>.</span></p>

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Da polêmica do desodorante à semifinal de Roland Garros: quem é a tenista Loïs Boisson?